SEU FUTURO É HOJE

SEU FUTURO É HOJE
Abra os olhos a cada manhã e reconheça: O futuro chegou! Escreva sua página hoje!

domingo, 24 de outubro de 2010

RESPIRAÇÃO E ENERGIA

A respiração age como uma ponte entre a mente e o corpo, e como uma porta de entrada para o Espírito, abrindo o caminho para a experiência íntima da Unicidade.
Quando falamos em “Respirar” devemos nos lembrar que respirar não é apenas inalar o ar. Respirar é ter consciência da Energia Vital, que os indianos chamam de Prana e os chineses de Chi. Essa Energia Vital está presente em todo o Universo e atuante nas células do corpo humano.

No Ocidente nos acostumamos a abordar apenas os aspectos fisiológicos da respiração, e simplesmente ignoramos aspectos que não sejam físicos ou funcionais. 
Numa abordagem holística, vemos a necessidade de ampliar essa visão, que é uma forma mecanicista de ver algo que não é meramente mecânico.

Alguns mestres orientais da antiguidade defenderam a idéia que é incorreto imaginar que retiramos nosso “combustível”da comida que ingerimos e do ar que respiramos. Segundo eles, a energia do corpo humano vem de uma fonte muito mais sutil e refinada que as moléculas de carboidrato e oxigênio como agora se acredita.
Ao mesmo tempo, não podemos simplesmente exaltar a abordagem holística (oriental) negando a importância da abordagem mais fisiológica (ocidental); então a relação deve ser pensada de forma que uma não anule a outra e vice-versa.

ENERGIA VITAL
A Energia Vital encontra-se misturada com o éter que ocupa todas as três dimensões do espaço humano – mesmo entre os prótons e os elétrons da matéria, que a ciência chama de "vazio" - é a força essencial da vida que permeia toda a existência. 
O volume de energia vital que circula dentro do corpo determina o grau de vitalidade de cada um; é a fonte da vida, é uma expressão do Espírito Divino.
Quando um corpo humano respira e traz o ar para dentro dos pulmões, a energia vital é absorvida pelo corpo e, desse modo, é transformada nas várias formas de energia utilizadas na vida cotidiana: mental, emocional e física. 
É evidente que o papel do oxigênio absorvido pelo corpo através dos pulmões desempenha um papel no metabolismo, mas este não tem maior importância do que a absorção da energia em si.
Uma vez que a energia é a força fundamental da vida que anima e sustenta nosso ser físico, há uma relação direta entre a livre circulação de energia no corpo e a saúde física.
Onde houver um bloqueio na circulação da mesma, haverá também possíveis bloqueios nos sistemas físicos que são mantidos por essa energia. E isto se aplica a todos os aspectos do ser como uma Totalidade.
Da mesma forma que um bloqueio pode trazer conseqüências físicas e fisiológicas, também pode gerar desarmonia com relação a pensamentos e emoções. É sabido que uma patologia não tem causas e conseqüências estritamente físicas, assim sendo, não é possível separar os componentes mental e emocional do ser humano quando se referindo a uma doença.
Leonard Orr afirma que é preciso aprender a respirar a energia da mesma forma que se respira o ar, pois o segredo supremo da vida eterna é limpar o corpo energético, realizando a purificação espiritual. No Yoga se diz que o segredo da longevidade está na técnica de dirigir a respiração para os canais e os centros sutis, fortalecendo assim o sistema humano, tornando-o invulnerável à deterioração, degeneração, doenças e morte. Para que a energia vital possa ser um veículo eficaz para saúde e cura, deve ser experimentada dentro do corpo.

CURIOSIDADE: Há uma relação fisiológica entre o número de respirações e o tempo de vida. Os mamíferos que vivem mais, como os elefantes e as baleias, respiram muito poucas vezes por minuto, em média de 2 a 6 vezes.
Os mamíferos com mais respirações por minuto, em média 30 a 40 vezes, como cachorros e coelhos, têm um tempo de vida relativamente curto em relação ao dos humanos, que respiram, em média de 12 a 14 vezes por minuto.

RECONHECENDO A ENERGIA
O primeiro passo é tornar-se sensível à percepção da energia. Pode-se começar percebendo a respiração nos pulmões, em cada um separadamente e em partes específicas dos mesmos (compartimentos inferiores, intermediários e superiores, ou ainda, anteriores e posteriores). Após a percepção nos pulmões pode-se começar a sentir a energia em outras áreas do corpo, trazendo o corpo à consciência. A compreensão do fluxo da energia se dá melhor na prática do que na teoria. É sentindo diretamente essa energia que se começa a entender o seu potencial. É possível direcionar o seu fluxo dentro do corpo e canalizá-la para as áreas onde ela é realmente necessária para sua própria cura e equilíbrio, para as áreas onde há bloqueio. Reich afirma que as regiões mais esquecidas e negadas são exatamente as que mais apresentam bloqueios de energia, e que a própria intenção, com o devido ato de estar presente, pode direcionar a energia para os devidos locais.
egundo os antigos hindus, o controle da respiração é fundamental para a concentração e o equilíbrio interior. Para psicanalistas ocidentais ela é a função corporal que melhor reflete os desejos e as inibições de cada um e está intimamente relacionada com as angústias e ansiedades do ser humano. A consciência e o corpo podem interagir, alterando o ritmo respiratório e sufocando os pensamentos e as emoções mais profundas. A respiração pode criar padrões de repressão.
Pelo fato de a energia estar diretamente ligada à respiração, as práticas respiratórias são projetadas para promover o aumento e a distribuição deste suprimento de energia de força de vida através de todo o ser. Esta energia também desempenha um papel fundamental na evolução espiritual e na evolução da consciência.

EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS 
Os exercícios respiratórios, numa visão oriental, são a canalização da força da vida, bem como a expansão desta força por todos os níveis do ser: físico, mental, emocional, espiritual.
A tradição do Yoga afirma que existe um número limitado de respirações em cada vida. Conforme prolonga-se a respiração, também prolonga-se o tempo de vida.
A Medicina Tradicional Chinesa, por sua vez, faz referência ao Jing Qi adquirido, que é obtido pela alimentação e pela respiração, que sustenta o homem e possui característica de “poupar” a energia ancestral, que já é pré-determinada.
Os exercícios respiratórios fazem uma ponte entre a consciência e a inconsciência e servem para integrar corpo, mente e Espírito. 
O diafragma, principal músculo da respiração, simboliza isto. Os músculos do corpo são, de maneira geral, de dois tipos: músculos esqueléticos, estriados, que se contraem sob controle voluntário, e os músculos lisos, que são considerados involuntários (do ponto de vista das práticas orientais, como o Yoga e o Chi Kung, grande parte de nossa fisiologia interna pode ser controlada conscientemente). O diafragma é semi-estriado (o que significa que é tanto um músculo voluntário quanto involuntário), fazendo uma ponte, portanto, entre o funcionamento consciente e inconsciente do corpo. Um objetivo básico das práticas orientais é fazer com que o que é inconsciente se torne consciente. Os exercícios respiratórios trazem a respiração e a energia ao consciente. Nesse sentido também estão dotados de um enorme poder de transformação.
Os exercícios respiratórios devem sempre ser executados com cautela e sensibilidade. Os exercícios nunca devem ser forçados. A inalação, a exalação, assim como a retenção da respiração, devem ser uma reação natural ao desenvolvimento da capacidade respiratória. A prática deve-se moldar ao praticante, já que, de fato, cada pessoa é única. Moldar o praticante à prática pode representar uma violação às leis naturais do seu organismo. Assim, é extremamente importante levar em consideração os objetivos, características, necessidades e peculiaridades de cada um e de cada tipo de exercício respiratório para se obter os resultados adequados. Os exercícios respiratórios podem ser didaticamente comparados a uma faca :Quando usados com segurança, cortam eficazmente todos os obstáculos e removem a separação entre corpo, mente e Espírito. No entanto, se usados inadequadamente, podem prejudicar o praticante, criando sérios desequilíbrios.

EFEITOS DOS EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS

  • Tonificação - Fisiologicamente, segundo a abordagem ocidental, médicos e cientistas já atestam a eficiência e benefícios dos exercícios respiratórios no organismo, tonificando os órgãos internos melhorando a performance dos rins, pulmões, intestinos, coração e cérebro, facilitando a eliminação de toxinas e purificação das células do sangue, otimizando assim o funcionamento orgânico. 
  • O sistema imunológico também se beneficia com os exercícios respiratórios. O movimento do diafragma promove uma “massagem” no baço auxiliando a sua atividade. O diafragma funciona como um segundo coração e auxilia no bombeamento do líquido linfático da parte inferior do corpo até o tórax, onde é reintegrado ao sistema circulatório. Isto ajuda a estimular o crescimento e distribuição de leucócitos – os glóbulos brancos do sangue – auxiliando, portanto, na imunidade.


  • Sistema Nervoso - Os exercícios respiratórios regulam o fluxo de sangue até o cérebro. Uma diminuição do fluxo sanguíneo resulta em falta de nutrientes para os glóbulos sanguíneos do cérebro, enquanto um fluxo sanguíneo excessivo está relacionado com danos arteriais no cérebro. Alguns exercícios respiratórios criam equilíbrio entre os dois hemisférios do cérebro. Isto tem relação direta com o equilíbrio entre os lados direito e esquerdo do corpo. Também criam equilíbrio entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático, que regulam os estados de alerta e repouso e as reações de luta e fuga. Os exercícios respiratórios estimulam o bulbo olfativo que se situa próximo ao centro emocional do cérebro. A respiração lenta, suave e ritmada, pode de fato, acalmar o centro cerebral diretamente através deste canal.

ABORDAGEM MENTAL E EMOCIONAL
A respiração constante e regular é uma característica da dominância do sistema parassimpático. Pode-se proporcionar uma reação de relaxamento e o subseqüente relaxamento da atividade mental. Os exercícios respiratórios podem criar concentração e equilíbrio mental que auxiliam no desenvolvimento da sabedoria.
Através dos exercícios respiratórios é possível trazer à tona, para integração, os processos emocionais reprimidos. A grande tendência é reter, enquanto se deve deixar sair. Desse jeito, cada vez a respiração se torna mais encurtada, e os sentimentos, mais reprimidos.
Reprimir = re-premer: pressionar de novo, e em seguida com-primir, o-primir, su-primir, de-primir. Daí as somatizações. Através da respiração a pessoa entra em contato com seus conteúdos inconscientes latentes e pode trazê-los à tona para dissolvê-los sem a interferência exacerbada do ego.

CONCLUSÃO
Respirar é viver. Respirar bem implica em viver melhor. Respirar com plenitude significa existir plenamente. O ser humano é o quanto respira. Quanto mais se respira, mais se sente. Mais se libera conteúdos do inconsciente. O ato de respirar conscientemente constitui, por si só, uma forma de massageamento do corpo e de harmonização e expansão do fluxo energético.
A cada estado emocional corresponde um ritmo respiratório. O homem tem o potencial para desenvolver saúde, vitalidade e resistência. Aprendendo a dominar o ritmo respiratório consegue-se modificar e sutilizar as emoções, o que interferirá positivamente nas relações afetivas, no desempenho profissional e na qualidade de vida. Através da respiração toma-se consciência de que a energia vital que compõe o corpo humano é a mesma que configura e movimenta o universo, mostrando uma outra dimensão do próprio ser. Uma vez que a respiração esteja perfeitamente regulada pode-se facilmente controlar outros processos de forma consciente, já que, respiração, mente e emoção interagem mutuamente.

Baseado no texto e pesquisa de: Carla Fernanda Prieto
Bibliografia – solicitar por e-mail que eu mando, ok?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, opine, questione, Seu contato é muito importante para nós.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...