Adoro Cozinhar. E adoro Ervas e especiarias.
Minha família já se acostumou ao uso das ervas.
Nunca deixo faltar manjericão para a salada de tomate ou para dar um toque
especial nas carnes de frango e peixe. Hortelã no kibe vegetal, anis nos doces
e carnes brancas, gengibre ralada para finalizar o frango ensopado e outras tantas... Na minha busca de novos sabores, encontrei
esta matéria bem interessante em Portugal – veja o link no final. Degustem! Boa
Leitura!
As plantas são
conhecidas e têm sido usadas pelos seres humanos desde a sua origem, aproveitando-lhes
as propriedades nutritivas mas também
os sabores, os odores, fontes de propriedades curativas.
Algumas usaram-se (e ainda se usam) em rituais e em cerimônias religiosas.
As plantas
aromáticas e condimentares e as plantas medicinais têm na sua composição as
substâncias que todas as outras possuem, ou seja água, sais minerais, ácidos
orgânicos, hidratos de carbono ou substâncias protéicas. No entanto, de planta
para planta, há uma variação relativa destes compostos e noutras aparecem
alguns outros que as diferenciam e conferem propriedades especiais (alcalóides,
glicosídeos, óleos essenciais, taninos e mucilagens, entre outros).
Os homens
do Neolítico usavam-nas para dar sabor aos cereais cozidos e, posteriormente,
para conservar a carne e o peixe.
As plantas aromáticas, culinárias e medicinais são com frequencia designadas simplesmente por “ervas”, apesar de não integrarem só plantas de consistência herbáceas: algumas provêm de árvores (as flores da laranjeira, por exemplo) e outras de arbustos (caso do louro e do alecrim, por exemplo).
As ervas aromáticas transformam positivamente os alimentos, e algumas combinações parecem ter nascido para ser mesmo utilizadas: manjericão com tomate, estragão com frango, os orégãos com queijo e ovos.
As ervas aromáticas devem ser utilizadas frescas, sempre que possível, apesar de, por exemplo, o tomilho ser tão bom fresco como seco, desde que tenha sido seco há pouco tempo, e os orégãos tem um aroma ainda melhor depois de secos.
É excelente a fragrância das ervas frescas em saladas ou espalhadas sobre legumes cozidos, e as que têm folhas de belos formatos são excelentes para enfeitar um prato ou decorá-lo.
Se quiser conservar as ervas frescas, poderá congelar pequenas quantidades em cubos de gelo ou, melhor ainda, conservá-las em azeite virgem, dentro de potes bem vedados. Assim, depois de ter usado as ervas, o azeite aromatizado poderá ser utilizado para temperar saladas.
O uso de especiarias, condimentos e plantas aromáticas na alimentação humana parece estar também historicamente associado à ação antimicrobiana da maioria desses produtos. Em zonas do globo onde as
condições climáticas favorecem o desenvolvimento de microrganismos nos
alimentos, a ação antimicrobiana desses
condimentos terá desempenhado um importante papel preventivo de infecções e,
por essa via, favorecedor da sobrevivência das comunidades humanas que as
usaram. Os nossos antepassados apreciadores de vegetais crus que se habituaram
a usar o vinagre, por exemplo, terão
sido menos afeitos a problemas intestinais e terão beneficiado de maior
longevidade, pelo simples fato de o vinagre reduzir a quantidade de bactérias patogênicas
presentes nos vegetais frescos e na água da sua lavagem. O vinagre é um tempero
emblemático, com um papel bem documentado, por exemplo, na qualidade sanitária
da maionese e nos escabeches usados pelos nossos navegadores.
Mas pensa-se que
o alho, a canela, a pimenta, os coentros, os orégãos, as mentas, têm também um
papel importante como agentes antibacterianos.
As
propriedades medicinais de algumas plantas continuam a ter enorme importância
para os seres humanos, apesar da importância crescente da química moderna: a
OMS estima que 80% da população mundial continua a depender de plantas
medicinais para cuidados primários de saúde.
Sabe-se também que o uso das ervas
aromáticas facilita a redução do uso do sal na alimentação, com conhecidos
benefícios para a saúde: o sódio do sal em excesso contribui para o aumento da
pressão sanguínea, o que aumenta o risco de doenças cardíacas.
Como ter ervas em casa - a maior parte das
ervas pode ser facilmente cultivada no jardim ou em vasos; dentro de casa, o
local mais apropriado poderá ser a cozinha, por requererem ambiente aquecido e
arejado. Além de ficarem mais à mão... Quem tiver vontade de se dedicar à
agricultura e dispuser de um terreno adequado pode reservar um espaço da horta
ou do jardim a um “jardim de ervas”.
Os Jardins de Ervas,
frequentes na Europa na Idade Média, nomeadamente nos mosteiros e em grandes
propriedades, constituíam importantes reservas culinárias e medicinais.
Atualmente, os habitantes dos países industriais redescobrem os prazeres dos
sabores naturais na culinária e o interesse das plantas medicinais, passada a
euforia dos séculos XIX e XX com relação aos fármacos sintéticos e às novas
técnicas de conservação dos alimentos.
Fonte biorege.weblog.com.pt/.../plantas_aromati_1.html
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