INFORMAÇÃO INTRIGANTE - POLUIÇÃO ENGORDA!

Poluição em Haia, na Holanda

A notícia não é nova mas é muito curiosa...
Como se não bastassem as descobertas quase diárias de coisas e situações da vida moderna que são prejudiciais à saúde e ao bem-estar, há algum tempo pesquisadores da Universidade de Ohio, EUA, descobriram que o ar poluído pode causar aumento de peso, ansiedade e depressão! O estudo foi conduzido usando ratos como cobaias, mas não é improvável que os efeitos sejam semelhantes em humanos.
A EXPERIÊNCIA- Os ratos foram divididos em 2 grupos: um exposto totalmente a poluição atmosférica, outro a um ambiente com ar filtrado, durante 6 horas diárias por um período de 10 meses (praticamente metade da vida do rato). O ar contaminado continha partículas que simulavam a  poluição a que nos expomos diariamente nos grandes centros urbanos.
EFEITOS DA POLUIÇÃO: Comparados ao grupo 2, os ratos do grupo 1(expostos constantemente à poluição)
1) desenvolveram mais gordura abdominal
2) apresentaram níveis de açúcar no sangue mais elevados, aumentando o risco de diabetes tipo 2.
3) adquiriram um problema relacionado à resistência a insulina
4) apresentaram maiores níveis de ansiedade e depressão
Além de todos esses males, os cientistas também detectaram que a exposição prolongada ao ar poluído danifica  uma área do cérebro chamada hipocampo,causando problemas de aprendizagem e memória.
RESPIRAR AR POLUÍDO ENGORDA?
Com relação ao fato da poluição do ar engordar, os cientistas esclarecem que os poluentes podem provocar um aumento no número e tamanho das células de gordura facilitando o acúmulo na região abdominal. Além disso, os fatores detectados na pesquisa, se somados, podem levar ao desenvolvimento de obesidade.
Em adição a todos os malefícios da poluição para nossa saúde (agravamento de doenças respiratórias, cardíacas e diminuição da expectativa de vida), sabemos  que a vida nas grandes metrópoles, que tem um maior índice de poluição, frequentemente é estressante, um outro fator deflagrador da obesidade, devido a alterações emocionais e no comportamento alimentar causadas pelo stress.
OUTROS MALEFÍCIOS
Vários estudos detectaram também outros males causados pela poluição como elevação do risco de infarto, apendicite e até infertilidade, isso porque os agentes poluentes provocam inflamações e alteram o funcionamento do organismo.
INFARTO: O cardiologista Abrão Cury, do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), liderou um estudo com 16 mil pacientes. “É uma cadeia de eventos que vão elevar as chances de piora dos sintomas de hipertensão. O ar poluído entra pelo pulmão, que funciona como uma grande esponja, e joga os poluentes na circulação sanguínea. Esses, por sua vez, provocam reações inflamatórias”, explica o médico.
INFERTILIDADE: A poluição também prejudica a fertilidade feminina e a gestação. De acordo com pesquisas do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP, de cada oito mortes de fetos pelo menos duas podem estar relacionadas à qualidade do ar. No entanto, os pesquisadores explicam que os poluentes não causam o óbito, mas sim aumentam os riscos de morte. Cogita-se também a possibilidade de a exposição de grávidas à poluição afetar a capacidade intelectual dos futuros bebês que poderiam sofrer problemas em seu desenvolvimento cognitivo tempos depois, ao redor dos cinco anos de idade, estudos foram desenvolvidos na Cracóvia, avaliando e acompanhando bebês ao longo do crescimento. Outra pesquisa, da unidade de Toxicologia Reprodutiva e de Andrologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, atesta que gases tóxicos interferem na qualidade do sêmen, podendo ser uma das explicações para a infertilidade masculina.
APENDICITE - No Canadá, médicos da Universidade de Calgary estudaram  5.191 casos de apendicite em três hospitais da cidade durante sete anos e relacionam a alta da incidência da doença com os meses mais quentes do ano, quando as pessoas saem mais e, consequentemente, se expoem mais à poluição.
Bem, podemos constatar o que já sabíamos: o índice absurdo de poluição nos centros urbanos é um problema mundial e, apesar de algumas medidas já estarem surgindo para reverter esse quadro, é necessário nos conscientizarmos e buscarmos  formas mais "limpas" para vivenciarmos nossa urbanidade.